expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

Páginas

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Santo de Cada Dia - 13 de Fevereiro

São Martiniano
    São Martiniano, eremita de Atenas, nasceu Cesareia na Palestina, no tempo do imperador Constâncio. Tendo 18 ano de idade retirou-se para um lugar solitário; mas em breve a fama de seus milagres tornou-lhe o nome célebre no Oriente.
    Vivia recolhido havia 25 anos, quando uma dama desonesta, chamada Zoé, decidiu pervertê-lo por meio de artimanhas detestáveis. Cobre-se de andrajos, dirige-se a noite à cela do santo, apresentando-se como infeliz mulher que se perdera no deserto e corre o risco de perecer, se lhe recusa hospitalidade. Martiniano comovido recebeu-a na sua cela, retirando-se ele para a casinha.
    Na manhã do dia seguinte, Zoé despe os andrajos, veste magníficos vestidos que trouxera consigo, e assim enfeitada apresenta-se diante do santo eremita. Diz-lhe que veio de Cesareia no intuito de lhe oferecer, com a sua mão, uma enorme fortuna: "A proposta que vos faço, acrescentou ela, nada tem que vos possa inquietar. Não é incompatível com a piedade que professais, e sabeis, como eu, que os santos do Antigo Testamente foram ricos e abraçaram o estado matrimonial". A exemplo do casto José, o eremita devia procurar, numa pronta fuga, a própria salvação, mas escutou a sedutora, e desde logo no seu coração aceitou a proposta. Chegava a hora do dia em que vários cristãos vinham ao ermitério receber os seus avisos e bênção. Dirige-se para eles com o intento de os despedir. Apenas ficou só, remorsos salutares dissiparam a ilusão; cora ao ver sua fraqueza, volta a cela, acende uma grande fogueira e introduz os pés na chama. A dor fá-lo soltar gritos involuntários. A cortesã acode; e qual é a sua surpresa! Vê o eremita lançado por terra, banhado em lágrimas. "Ah! exclamava Martiniano, como havia eu de suportar o fogo do inferno, se não posso tolerar este que não é mais que a sombra daquele?".
    A cortesã não pôde mostrar-se indiferente diante de tal espetáculo.
    A graça operou na sua alma. De pecadora que era tornou-se penitente, e pediu ao santo que a introduzisse nas vias da salvação. Martiniano enviou-a ao mosteiro de São Paulo de Belém, onde ela passou o resto da sua vida nas austeridades da penitência e da mortificação.
    Martiniano esteve muito tempo impossibilitado de andar. Logo que se encontrou em estado de o fazer, retirou-se para um escarpado rochedo que o mar cercava por todos os lados. Aí vivia exposto a todos os contratempos, não vendo pessoa alguma a não se um marinheiro que, de espaços a espaços, lhe trazia pão, água e ramos de palmeira para o seu trabalho. Deste modo se passaram seis anos; porém um acontecimento imprevisto veio perturbar mais uma vez a sua solidão.
    Um barco, vencido pela tempestade, despedaçou-se contra o rochedo; pereceu toda a equipagem, exceto uma donzela que agarrada a uma prancha e lutando contra as ondas, viu o eremita e chamou-o em socorro. Martiniano julgou-se obrigado a salvar uma pessoa em perigo de vida; formou porém logo o plano de abandonar imediatamente a solidão. As provisões, que ainda lhe restavam e deviam durar até a volta do marinheiro, deixou-as a esta infeliz donzela, que se tornou exemplar de penitência e depois morreu no rochedo.
    O eremita lançou-se ao mar e, cheio de confiança em Deus, a nado atingiu a terra, andou errante de deserto em deserto, e por fim chegou a Atenas, onde morreu, tendo cerca de 50 anos de idade.
    É Santo popular na Igreja grega. Celebrava-se já a sua festa em Constantinopla no século V.

Fonte:
Santo de Cada dia, pág 150-151

Nenhum comentário :

Postar um comentário